11 setembro 2009

Dunga xingando torcedora baiana

O estilo Dunga de ser...assim...... os pontinhos acumulados com as muitas tias pelo Brasil vao virar po'. leia o que escreveu:

Mauro Cezar Pereira, blogueiro do ESPN.com.br


Dunga diz que é "transparente". De fato, transpareceu a todos sua estupidez ao xingar torcedores após um gol do Brasil sobre o Chile, em Salvador. Nem parecia aquele homem calminho que, ao receber de presente o desenho feito por uma criança, disse, dois dias antes, ter o povo ao seu lado.

Dunga diz que, ao assumir o comando da seleção, mudou coisas, mexeu com interesses. Mas apesar de sua decantada (por ele mesmo) sinceridade, não revela que interesses são esses e quem são as tais pessoas que deixaram de ser favorecidas com sua chegada.

Dunga reclamou, em Teresópolis, das áreas Vips montadas por patrocinadores da CBF. Mas fala do presidente da confederação com a subserviência de sempre, como se o cartola não tivesse nada com aquilo que o próprio treinador da CBF chamou de "circo".

Dunga vai se transformando em técnico. Seus resultados recentes são bons, o que merece elogios, independentemente dos jogadores que pode escolher, o que lhe coloca em posição privilegiada. É um bom trabalho, sim, e não há problema em admitir, é óbvio. Mas isso não lhe dá direito a tudo.

Dunga não tem no direito de ofender, mesmo que vença todos os jogos. De disparar seu ódio crônico contra tudo e (quase) todos. Nada dá a Dunga a condição de senhor da razão. Nem uma possível conquista da Copa do Mundo lhe concederá tal privilégio. E atura isso tudo quem quer.

Dunga tem bons resultados recentes, o que reconheço e elogio, é claro. Como critiquei momentos pífios, casos da maior parte da Copa América e das eliminatórias contra Bolívia, Colômbia (ambos no Rio), Argentina (em BH) e Peru (em Lima). E da inédita derrota para a Venezuela em amistoso.

Dunga e seus seguidores se enganam. Não somos obrigados a engolir nada. Muito menos a estupidez de um homem irascível que parece exalar ódio por todos os poros em tempo integral. Um sujeito tão rancoroso que ao erguer a Copa do Mundo, em 1994, disparou palavrões.

Seria bom se ele refletisse a respeito. Até que ponto isso faz mal a Dunga? Honestamente, gostaria de vê-lo mais equilibrado, sem mania de perseguição, até porque ele não me parece um mau-caráter. Quanto aos seus resultados, para mim tanto faz se vence ou perde com a seleção, não estou aqui para torcer a favor nem contra, como seria com qualquer outro treinador.

Algum dunguista vai escrever aqui embaixo que o blogueiro não gosta do Dunga. É claro que não gosto, e nem por isso deixo de admitir seus acertos. Como admirar tal perfil? Por ganhar alguns jogos? Ora, a história do esporte está repleta de deploráveis vencedores.

Triunfos não me farão mudar de ideia a respeito. Posso rasgar elogios a uma escalação, uma mudança tática, uma substituição, mas continuarei achando detestável a postura do "professor". Se você curte, se amarra no jeito Dunga de ser, vá em frente. Ou leve pra casa. Estou fora.



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