A responsabilidade de brigar pelo título estadual levou o técnico da Tuna Luso, Carlos Alberto Lucena, a confessar ontem ao Bola, na crescente perspectiva para o primeiro jogo da decisão com o Remo neste domingo, que havia entrado várias vezes em outro tipo de campo - o dos sonhos. “Futebol puxa muito pela mente e já sonhei correndo, dando a volta olímpica, segurando o troféu”, relatou ele.
“A gente até se espanta, pensa que é verdade: mas certos sonhos se transformam em realidade. Vamos trabalhar para concretizar isso. Remo e Paysandu têm muitos títulos e agora é a nossa vez.” Carlos Alberto Lucena, que acha estar “revolucionando” o futebol local por ser sincero e não ter papas na língua, diz que está há 1 ano e dois meses no clube, sua “quinta ou sexta” passagem na Vila Olímpica, segundo calculou.
“Antes, o resultado não vinha e eu ia embora”, disse Lucena, que, na carreira de técnico iniciante, com garotos da categoria sub-20, faturou nada menos que dez títulos no comando de Remo, Paysandu e Tuna, entre outras participações relevantes em clubes menores. Vivendo um momento bom na Cruz de Malta, não acha que é o salvador da pátria, como se diz. “O trabalho é de todo um grupo, da comissão técnica e da diretoria.”
Sobre a relação com os jogadores, assegura que não há indisciplina e que o convívio é o melhor possível porque é franco com o grupo e procura falar a verdade. Perguntado se trata os atletas como filhos, brinca: “Nem posso, porque o dinheiro que recebo nem dá para comprar tanto leite para essas ’crianças’”. E conclui: “Mas, sem dúvida formamos uma família sem briga, diferente da família dos relógios, que um não marca a hora do outro”.
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