04 junho 2009

Samurai Elias"Musashi" san longe da Copa, fala de nossa Cozinha.

Para: エリアス ムサシ ピント Elias Musashi Pinto
se o grande samurai Elias"Musashi" San resolver recorrer a determinadas instancias, terei um serio prejo' no Saifu(carteita) pesarao contra mim muitas acusacoes e irei ao sanbasho(tribunais) por roubo de imagem,..intelectual e etccc demo (entretanto) Elias " Musashi" san, ima made shoganai! ( ate aqui nao houve jeito) iapari gomen nassai(realmente desculpe-me) por nestes momentos tao sabishi(tristes) apossarme de seu nomisso( miolo) e colar aqui neste Brogo(blog) seus Kanefumi (letras de ouro..c estilo elegante).
Saiba Elias "Musashi" San que nunca me ausento de sua cozinha (daidokoro) e sempre sem que vc perceba tenho roubado algumas das muitos GOTISSÔ(delicias) de la'. evidentemente que me aproveito do fuso que ha entre nos. saiba que isto nao e' para fazer um Goma-suri(puxada de saco).
Espero que Musashi San entenda este aprendiz e desde ja informo-lhe que se as instancias forem usadas serei penalizado na perda de preciosos yenes que me farao falta na compra de bens necessarios e de primeiras necessidades tais como, Meus Manga's, jornais,livros , partidinhas do Saka (soccer)e por ultimo atingira no liquido preciossimo, tornando minhas idas ao Isakaya(buteco) ralas, de uma forma que sera impossivel sobreviver, mesmo sendo cruzmaltino ferrenho. por isso rogolhe que perdoeme (iuruste kore)por atos cometidos por um doido(kitigai) que vive neste Pais do povo, olhos de bicas.
no estilo niponico(nihonjin) de ser, curvome e despeco-me Sayonara..sayonara..matta ne( ate a proxima)
リスボアハロルド Lisboa Haroldo
e Aqui abaixo esta o fato consumado, nao ha' volta(odoranai)
Burro,burro,burro......
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Elias Samurai Pinto, no DIÁRIO :

Certamente não foram os deuses do futebol que escolheram as sedes brasileiras para a Copa do Mundo de 2014. Muito menos entrou em campo o Sobrenatural de Almeida, célebre personagem de Nelson Rodrigues que decidia – talvez com a ajuda dos deuses do futebol ou à revelia destes – renhidas partidas em lances capitais que desafiavam a compreensão dos boleiros.

O editorial da Folha de S.Paulo de sábado passado, a edição dominical do jornal paulistano e mais as colunas de ontem de Juca Kfouri e do companheiro Gerson Nogueira já forneceram suficientes explicações, por quem é do ramo, para entender os verdadeiros motivos, e não as justificativas técnicas alegadas, que levaram as máfias que controlam a Fifa (e a CBF, bem como as federações estaduais, num bolo de noiva pecuniário fatiado por interesses que parasitam em torno do bilionário futebol globalizado) a selecionar as doze capitais brasileiras. Em particular, para nós, o anúncio de Manaus, em detrimento de Belém, cidade de maior tradição futebolística e com estádio que necessitaria de menos investimentos do que aqueles exigidos para Manaus. Mas é possível que este fator, como alertou Gerson Nogueira, em vez de contar a favor de Belém, tenha pesado contra na balança sonante da Fifa/CBF.

Evidente que Belém, que há algum tempo vem perdendo terreno, para Manaus, como cidade referência na região amazônica, sofrerá outro considerável abalo em relação à capital amazonense, levando em consideração a prioridade nos investimentos federais que privilegiarão as cidades-sede do Mundial de 2014.

E com isso, outra metáfora criada pelo imortal Nelson Rodrigues fechará mais um botão sobre a já castigada imagem do paraense, o complexo de vira-lata que nos vem assolando, como continua o país a ser assolado pelo festival de besteiras cunhado pelo jornalista Sérgio Porto, o não menos inesquecível Stanislaw Ponte Preta. Mas a nossa cota de besteiras, sem dúvida, parece bem acima da média nacional, afivelando ainda mais, por sua vez, a focinheira do nosso complexo vira-lata.

Por outro lado (ou ainda do mesmo lado), enquanto Belém capitaliza as notícias negativas que o Pará (e a própria Belém) produz em proporção industrial, com invasões, conflitos agrários, trabalho escravo, bordel legislativo, urbanismo fóssil, etc. e etc., Manaus capitaliza não só o fato de o Amazonas concentrar a maior área preservada da região, como o próprio nome do Estado confundir-se com o da região. Por fim mas não menos importante, os dividendos de abrigar a Zona Franca, estando ali instaladas indústrias como Coca-Cola e Sony, patrocinadoras da Fifa.

Bem, diante de tudo que se sabe, tanto da Fifa quanto da flagrante incompetência dos que ora estão de plantão no poder estadual e municipal, o momento é de aproveitar a deixa e, fazendo uma analogia com as regras não escritas do futebol (e pedindo desde já licença ao presidente Lula, pois estamos entrando no terreno gramado que é sua maior especialidade), adotar a medida mais comum quando o time vai mal: demitir o técnico.

Demitir o “treinador” da ex-quase-futura-sede, Duciomar Costa, que, indo contra aquela “máxima”, mostra que os pequenos fracos são também capazes de guardar monstruosidades administrativas que exalam a moral mais putrefata da paróquia que o pariu (através do voto). E demitir a “treinadora” estadual, Ana Júlia Carepa, que, como diria o Lula (para quem, aliás, Ana está “prestigiada” no cargo), na língua que o presidente melhor domina, o idioma boleiro, já não tem o time na mão. Demitir, claro, através do voto, mas também pode ser, se couber, no tapetão.

E o que mais me dói é que, como está no “entorno” do Mangueirão, o estádio Francisco Vasquez, da Tuna, certamente ganharia uns trocados para reformar o Monumental do Souza, fazendo, assim, jus ao título. Mas para nós, tunantes, é apenas mais uma derrota que tiramos de letra, nossa espacialidade. E já que a cidade está fazendo água por todos os lados, melhor lançar-se ao mar, ou à baía, onde somos, com a nossa regata, os maiorais, apesar da maledicência de que português não gosta de água.

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