28 abril 2013

Em 1992,Tuna Luso Brasileira conquistava o segundo título nacional

Campeonato Brasileiro 1992 - O Jogo "O que a Tuna não conseguiu durante 90 minutos, fez em apenas quatro: marcou dois gols e conquistou o título de campeã brasileira da Série B, na vitória dramática sobre o Fluminense de Feira de Santana (BA) por 3 a 1, ontem no Baenão (...) O jogo ficou dramático no final, principalmente após o empate da equipe baiana aos 42 minutos. Muitos torcedores deixaram o estádio não acreditando na reação da Lusa. No entanto, Manelão e Juninho garantiram o título, aos 45 e 49 minutos, respectivamente com gols típicos de quem não deixa de acreditar na vitória.

 A partida não foi digna de uma decisão de campeonato. O Fluminense (BA) preferiu jogar para garantir a sua vantagem (de perder até por um gol de diferença) e se retrancou, procurando explorar contra-ataques. A Tuna, por sua vez, precisava ganhar pela difrença de dois gols para ficar com o título. A equipe tunante entrou em campo determinada a reverter a vantagem do Fluminense ainda no primeiro tempo. Não fosse um erro do juiz amazonense Odílio Mendonça, o objetivo teria sido alcançado. Aos 12 minutos, ele anulou um gol de Tarciso, para expulsar os jagadores Dema e Zelito por troca de agressões no meio-campo.

 A Tuna procurava pressionar o adversário, mas esbarrava na forte retranca armada pelo Fluminense, que mesmo assim, chegou a ameaçar a defesa tunante. Aos 15 minutos, após cobrança de escanteio, Ageu cabeceou a bola na trave do goleiro Eugênio. A bola sobrou para Juninho que deu uma puxeta em direção ao gol encontrando novamente Ageu, desta vez livre de marcação para completar a jogada: Tuna 1 a 0 (...).

 Segundo Tempo.

Ao contrário do que acontecera no primeiro tempo, quando ainda tentou atacar, o Fluminense se fechou ainda mais na defesa. Aos poucos, o sufoco que a Tuna dava foi diminuindo. Isto aconteceu porque alguns jogadores sentiram o cansaço da correria em busca do gol. Varela foi substituído por Manelão, para reforçar o ataque, o que sobrecarregou Ondino no meio-campo. Mario Vigia também ficou esgotado fisicamente em função das contínuas jogadas de apoio. Para piorar a situação do time, o lateral Guilherme o melhor jogador em campo, se contudiu e teve que ser substituído por Charles que ficou na lateral-direita, enquanto Mario Vigia foi para a esquerda.

 O treinador Veraldo Santos [do Fluminense] percebendo que a Tuna começava a ficar frágil e partir para o desespero, ordenou a seus jogadores que explorassem contra-ataques pela direita para aproveitar o cansaço de Mario Vigia. O time conseguiu criar algumas jogadas perigosas e esteve perto de marcar o gol de empate. Mas ao mesmo tempo que criava oportunidades, O Fluminense corria o risco de sofrer segundo gol, pois embora cansado, Mario Vigia era a melhor opção de ataque, já que a fragilidade do time baiano era a sua lateral-direita.

 Com alguns jogadores se aproximando do esgotamento físico, a Tuna diminiu ainda mais a pressão que exercia sobre o Fluminense. Tudo levava a crer que a Tuna não conseguiria fazer o segundo gol e que o título ficaria com equipe baiana, que contava apenas com nove jogadores, já que Ieiê tambem foi expulso de campo. Aos 42 minutos, o centro-avante Ronaldo foi lançado e Juninho não conseguiu pará-lo. O lance foi fatal para a Tuna. Ronaldo chutou na saída de Altemir e empatou o jogo. O banco de reservas do Fluminense vibrou e passou a comemorar o título. Do lado da Tuna a tristeza tomou conta dos jogadores.

 A torcida já deixava o estádio, quando Manelão fez o segundo da Tuna, aos 45 minutos, completando um cruzamento de Mario Vigia. A esperança voltou a tomar conta dos jogadores cruzmaltinos, que partiram para o ataque em busca do terceiro gol, esquecendo totalmente o cansaço. Em decorrência de inúmeras paralisações provocadas pelo time baiano, o juiz Odílio Mendonça prorrogou o jogo por mais alguns minutos.

 Aos 49 minutos, a Tuna conseguiu um escanteio a seu favor. Junior cobrou e Juninho completou: Tuna 3 a 1. A festa foi geral. A Tuna sagrava-se campeã brasileira pela segunda vez. A torcida invadiu o gramado para comemorar o título. Mas o juiz ainda não havia encerrado a partida. Imediatamente os torcedores foram retirados de campo e tiveram que agüentar mais cinco minutos para vibrar em definitivo, a merecida conquista cruzmaltina".

 Fonte: O Liberal de 15 de junho de 1992 Copiado do blog http://memoriatunante.blogspot.jp
 

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