A última conquista regional da Lusa ocorreu há 23 anos. O time tinha, entre outros, Belterra, Edgar, Dema, Ageu e Cabinho, jogadores rodados no futebol paraense. Com tantos anos sem levantar um troféu, o presidente Fabiano Bastos acredita que chegou a hora de o time voltar a brilhar. "Este é o momento para recuperamos o tempo perdido", diz o cartola, que tenta reimplantar no Souza a política de revelar jogadores. "Esse sempre foi o ponto forte da Tuna. Por isso estamos reorganizando as divisões de base, que nos últimos anos deram pouco frutos", conta.A revelação de craques por muito tempo foi uma das marcas da Cruz de Malta. Da Vila Olímpica sairam grandes jogadores para encantar o torcedor brasileiro e do mundo. O mais brilhante deles, sem dúvida, o meia Giovanni, ídolo no Santos/SP, Barcelona-ESP e Olympiakos-GRÉ, pelo qual faturou cinco títulos do Campeonato Grego (2000/01/02/03/05). No Barça, foram sete conquistas, sendo dois nacionais (98/99). Na seleção brasileiro sagrou-se campeão da Copa América (97) e vice-mundial (98).
Os tunantes também exportaram outras crias: Manoel Maria, Haroldo, Arinélson, Magnum, todos com passagem pelo Santos/SP. Manoel Maria chegou a defender a seleção brasileira pré-olímpica. Um outro craque surgido no Souza e que também chegou a time canarinho é Paulo Henrique Ganso, ídolo da torcida do Peixe. "A Tuna foi o meu ponto de partida", recorda Manoel, que mora em Santos. "Espero vê-la brilhando novamente e revelando grandes jogadores, como fez até pouco tempo", completou.
Poucos torcedores sabem, mas a Lusa foi o primeiro time a vencer um torneio internacional. Em 1985, os cruzmaltinos foram a Suriname, como fizeram Remo e Paysandu recentemente, e de lá trouxera o caneco de campeões. O time era praticamente o mesmo da conquista da Taça de Prata. A exceção era Jorginho Macapá, filho de Jorge de Castro, saudoso preparador de goleiros do Remo. Com tanta história, a Lusa tem tudo para voltar a brilhar no cenário local e nacional, afinal de contas já faz algum tempo que os cruzmaltinos não torcem pelo time em Brasileiro.Nildo Lima do Amazonia Jornal
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